Veio de longe, muito longe, chegou na solapa prometendo fazer a diferença que ainda não foi demonstrada.
Não há máquinas para os pedidos, mas estão lá umas funcionárias robotizadas, o olhar de tão vago que nem no horizonte se perde por parecer inexistir.
Um espaço cheio de luzes, muitos brilhos, uma máquina de expressos portentosa bem à nossa vista a dizer que ali há “expressos”.
Chego na mansidão da tardezinha, um simples pedido: -um expresso por favor, do normal.
Chega-me silenciosamente à mesa a xícara com o cafezinho e um copinho
d´água gasosa, silenciosamente se vai alguém sem o perdido horizonte.
No menú diz ser um grão de café arábica do Sul de Minas, tão famoso, tão propalado e também bem mau tratado o coitado.
Nada de aroma, creme nem no sonho mais recôndito e sabor a tentar descobrir qualquer que seja.
Assim temos este engodo a desiludir o desejo de poder sorver um saboroso expresso arábico sul mineiro.
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